segunda-feira, 26 de maio de 2008

Secretariando com efetividade


.............O essencial é lembrar que a ata não é uma transcrição de tudo o que foi falado, mas sim um documento que registra de forma resumida e *clara* as deliberações, resoluções e demais ocorrências de uma reunião ou outro evento. Após assinada pelo secretário e por todos os presentes, a ata constitui prova de que houve a reunião, das decisões nela tomadas, e das manifestações de todos os participantes.
............Devido a ter como requisito não permitir que haja qualquer modificação posterior, o seu formato renuncia a quebras de linha eletivas, espaçamentos verticais e paragrafação e ocupando virtualmente todo o espaço disponível na página.
...........As características básicas da formatação de atas são:
*Texto completamente contínuo, sem parágrafos ou listas de itens - ou seja, reduzido como se o texto inteiro fosse um único e longo parágrafo;
*Números, valores, datas e outras expressões sempre representados por extenso;
* Sem emprego de abreviaturas ou siglas;
* Sem emendas, rasuras ou uso de corretivo;
todos os verbos descritivos de ações da reunião usados no pretérito perfeito do indicativo (disse, declarou, decidiu…).
..............Caso a ata esteja sendo registrada diretamente em livro de atas manuscrito, os confortos da edição do texto não estarão disponíveis. Neste caso, se houver erro do secretário, o mesmo deverá ser imediatamente corrigido sem rasurar ou emendar, mas sim usando o “digo”, como no exemplo: “(…) O diretor propôs adquirir imediatamente vinte mil, digo, trinta mil unidades de matéria-prima (…)”. Caso perceba-se o erro apenas ao final da composição da ata, mas antes que a mesma seja assinada, pode-se retificar no término do texto, como no exemplo: “Em tempo: onde consta ‘vinte mil unidades de matéria-prima’, leia-se ‘trinta mil unidades de matéria-prima’”.
..............Vamos a um modelo simplificado de ata de reunião:
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Modelo de ata de reunião
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Ata da reunião extraordinária para aprovação de despesa imprevista, realizada pela diretoria colegiada e conselho fiscal da Empresa X em nove de março de dois mil e oito, no gabinete da Direção-Geral da empresa, em seu edifício-sede situado em Marília - São Paulo. A reunião foi presidida pelo Diretor-Financeiro, José Luz da Rocha, secretariada por Antônio Meira e contou com a presença do Diretor de Recursos Humanos, Marcelo Firmino, do Diretor de Operações, Afonso Quezada, e de todos os integrantes do Conselho Fiscal da empresa, à exceção do Sr. Rogério Meira, cuja ausência foi previamente justificada. Inicialmente foi lida e aprovada a ata da reunião anterior, à exceção da seguinte ressalva: onde constou ‘vinte mil unidades de matéria-prima’, leia-se ‘trinta mil unidades de matéria-prima’. Em seguida o Diretor-Financeiro solicitou ao Diretor de Operações que apresentasse suas estimativas de necessidade de realização de serviço extraordinário nas unidades fabris do estado do Paraná para o próximo trimestre, sendo atendido na forma de uma apresentação audiovisual que definiu os motivos para a realização de sete mil e duzentas horas extras por um total de mil e duzentos funcionários no período. Os aspectos relacionados à legislação trabalhista foram integralmente aprovados pelo Diretor de Recursos Humanos, e colocou-se em votação aberta junto ao conselho fiscal a disponibilização dos recursos para pagamento desta despesa não incluída no Plano Plurianual da Empresa X, resultando em aprovação unânime e imediata autorização de desembolso concedida ao Diretor-Financeiro. O Conselheiro Aníbal Pinheiro propôs a recomendação de que uma metodologia para estimativa de realização de serviço extraordinário seja incorporada a futuros planos plurianuais, tendo a moção sido aprovada por todos os presentes, e imediatamente incluída na pauta da próxima reunião ordinária da Diretoria Financeira. Nada mais havendo a tratar, foi lavrada por mim, Antônio Meira, a presente ata, assinada por todos os presentes acima nominados e referenciados.
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...................Não se trata de um texto complexo de redigir, embora seja pouco legível devido à ausência de parágrafos. Secretariar a reunião, entretanto, exige destreza para acompanhar a discussão ao mesmo tempo em que se toma notas suficientemente detalhadas.
..................Para finalizar, uma dica especial para quem chama a si a responsabilidade de secretariar e produzir as atas de reuniões de grupos voluntários ou de organizações como condomínios e CIPAs: não se deixe levar pelo formalismo! O importante de uma ata é registrar com fidelidade e clareza o que se discutiu, sem deixar margem para alterações posteriores. Pense mais no conteúdo e menos no modelo, e você fará as atas mais efetivas.

segunda-feira, 7 de abril de 2008

Resumo

1. Conceito
O resumo é uma forma de reunir e apresentar por escrito, de maneira concisa, coerente e frequentemente seletiva, as informações básicas de um texto preexistente. É a condensação de um texto, pondo-se em destaque os elementos de maior interesse e importância.
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2. Finalidade:
Difundir as informações contidas em livros, artigos ou outros documentos;
Auxiliar o (a) estudante e / ou profissional nos seus estudos teóricos.
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3. Características:
Apresentar, de forma sucinta, o assunto;
Ser seletivo, não repetir todas as idéias;
Evitar transcrições; quando o fizer, apresentá-las entre aspas;
Respeitar a ordem das idéias apresentadas;
Empregar linguagem clara, ser fiel às idéias do autor e empregar expressões do texto só quando se fizer necessário;
Dar preferência ao uso da terceira pessoa do singular e do verbo na voz ativa;
Ser composto de uma seqüência de frases interligadas e não de uma enumeração de tópicos;
Evitar expressões do tipo: o autor disse, o autor falou, segundo o autor, de acordo com o livro;
Ser precedido de referência bibliográfica;
Corresponder, em geral, a 1/3 do original: a) notas e comunicações devem ter até 100 palavras;
b) monografias e artigos até 250 palavras; c) relatórios e teses até 500 palavras.
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4. Tipos:
A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) apresenta quatro tipos de resumo (indicativo, informativo, informativo/indicativo, crítico ou recensão).
Indicativo ou descritivo é o que faz referência às partes mais importantes do texto. Descreve apenas a natureza, forma e propósito da obra. Dispensa comentários e juízos de valor e não dispensa a leitura do texto;
Informativo ou analítico é o que contém todas as informações principais apresentadas no texto dispensando sua leitura. Informa o conteúdo e as principais idéias do autor; mostra os objetivos e o assunto, os métodos e as técnicas, os resultados e as conclusões. Não apresenta, também, julgamentos de valor e comentários pessoais.
Crítico ou recensão crítica ou resenha crítica é o que contém um resumo das informações e avaliação. Formula um julgamento de valor, interpreta o texto original, avaliando-o e comparando-o a outros.
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MODELO DE ROTEIRO PARA A ELABORAÇÃO DE RESENHA
Referência do autor
Credenciais do autor:
Informações gerais sobre o autor
Autoridade no campo científico
Quem fez o estudo?
Quando?
Por quê?
Em que local?
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Conhecimento
Resumo detalhado das idéias principais
De que trata a obra?
O que diz?
Tem alguma característica especial?
Como foi abordado o assunto?
Exige conhecimentos prévios para entendê-lo?
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Conclusão do autor
O autor fez conclusões?
Onde foram colocadas? (final do livro ou dos capítulos?)
Quais foram?
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Quadro de Referência do Autor
Modelo teórico
Que teoria serviu de embasamento?
Qual o método utilizado?
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Apreciação
a) Julgamento da obra
Científica, didática, de divulgação
Como se situa o autor em relação:
_ às escolas ou correntes científicas, filosóficas, culturais?
_às circunstâncias culturais, sociais, econômicas, históricas etc?
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b) Mérito da obra:
Qual a contribuição dada?
Idéias verdadeiras, originais, criativas?
Conhecimentos novos, amplos, abordagem diferente?
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c) Estilo
Conciso, objetivo, simples?
Claro, preciso, coerente?
Linguagem correta?
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d) Forma
Lógica, sistematizada?
Há originalidade e equilíbrio na disposição das partes?
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e) Indicação da obra
A quem é dirigida: grande público, especialistas, estudantes?
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5. Técnicas que facilitam a redação do resumo:
a) sublinhar: colocar em destaque as idéias-mestras, as palavras-chave e os pormenores importantes. Não sublinhar por ocasião da primeira leitura. Reconstruir o parágrafo a partir das palavras sublinhadas. Ler o texto sublinhado com continuidade e plenitude de sentido de um telegrama.
Sublinhar com dois traços as palavras-chave da idéia principal e com um único traço os pormenores importantes. Assinalar com uma linha vertical, à margem do texto, as passagens mais significativas e assinalar com um sinal de interrogação, à margem, os pontos de discordância ou não entendimento.
b) Esquematizar: evidenciar o esqueleto da obra (organização lógica do texto, interpretação das idéias). Dar títulos e subtítulos às idéias, pondo-as em destaque na margem (após a leitura da obra completa). Adotar o sistema de chave, setas, colunas para separar as divisões sucessivas.

terça-feira, 18 de março de 2008

Para as turmas CT1AN e 353AN - Inconfidência

O PROCESSO DA COMUNICAÇÃO HUMANA
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A finalidade da comunicação é por em comum não apenas idéias, sentimentos, pensamentos, desejos, mas também compartilhar formas de comportamento, modos de vida, determinados por regras de caráter social. Desse ponto de vista, comunicação é também convivência, que traz implícita a noção de comunidade, vida em comum, agrupamento solidário, baseado no consenso espontâneo dos indivíduos. Consenso significa acordo tácito, que pressupõe compreensão – e, em última análise, o objetivo da comunicação é este: o entendimento entre os homens.
O processo da comunicação pode ser esquematizado da seguinte maneira:
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EMISSOR ..............SIGNOS - SÍMBOLOS.................... RECEPTOR
CODIFICAÇÃO...... ... MENSAGEM..........................DECODIFICAÇÃO
<--------------------------------------------------------------------- .
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. O emissor codifica e envia a mensagem.
· O receptor a decodifica, isto é, a interpreta.
· Se não houver interferência (ruído), a comunicação se estabelece.
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1 Elementos da comunicação
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A mensagem e sua interpretação
A mensagem é o objeto e a finalidade da comunicação humana. Toda mensagem possui um significado e carrega propriedades de percepção comuns ao emissor e ao receptor.
Outro elemento importante é a interpretação. Na verdade, ela é a chave de toda comunicação. Dela é que vai depender a dedução e a compreensão da mensagem.
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O meio ou canal
O meio pode facilitar ou dificultar a interpretação. Entretanto, é o conteúdo da mensagem que vai indicar ao transmissor o meio a ser escolhido. A mensagem, para ser compreendida, deve estar sempre em harmonia com os requisitos de clareza, rapidez e disponibilidade dos meios.
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O repertório de signos e sua percepção
Os signos normalmente são estabelecidos pelo próprio homem. Cada pessoa possui um repertório particular de signos ou símbolos. Há várias categorias ou tipos de signos. Os principais são:
· Os signos verbais correspondem às palavras. Cada pessoa possui seu próprio “universo vocabular”, um vocabulário particular, construído ao longo de sua vida e experiência estudantil.
· Os signos não-verbais correspondem aos gestos, à maneira de olhar, aos movimentos sincronizados das mãos, cabeça e todo o corpo do comunicador. A expressão corporal é um elemento de comunicação tão ou mais importante que a fala no processo da comunicação.
· Os signos icônicos correspondem às representações visuais dos objetos, tais como desenhos, modelos, fotografias, pinturas, quadros etc.
· Os signos digitais podem ser representados pelos sinais luminosos de um semáforo, as setas luminosas dos elevadores etc.
· Os símbolos podem ser exemplificados pela cruz, que simboliza o cristianismo; a coruja, que simboliza a sabedoria; a arroba que simboliza o e-mail etc.
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Barreiras ou entraves à comunicação
Existem alguns obstáculos (ruídos) que atrapalham a boa comunicação. Vejamos:
a) Barreiras físicas: distância espacial, escuridão (comunicação visual).
b) Barreiras fisiológicas: cegueira, surdez.
c) Barreiras culturais: padrões culturais, graus de escolaridades diferenciados.
d) Barreiras sociais: tradição, normas institucionais, status diferentes (relacionamento entre chefes e subalternos, entre um aluno e um diretor, por exemplo).
e) Barreiras psicológicas: atitudes negativistas ou de oposição podem bloquear a recepção.

terça-feira, 11 de março de 2008

Casos de crase

1. Casos em que sempre ocorre a crase:
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a. Com locuções prepositivas: à espera de.
b. Com locuções conjuntivas: à medida que, à proporção que.
c. Com locuções adverbiais “à moda de”, ainda que oculta; sapato à Luis XV.
d. Com locuções adverbiais femininas: à direita, às vezes.
e. na indicação do número de horas: à meia-noite, às duas horas.
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2. Casos em que nunca ocorre crase:
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a. Antes de palavra masculina: andar a cavalo, passear a pé.
b. Diante da maioria dos pronomes: Disse a você a verdade. Ele está dormindo a esta hora. Porém, ocorre crase diante de senhora, senhorita e dona. Mandarei o livro à senhorita.
c. Diante de verbo: Ficamos a sorrir, abobalhados.
d. Antes de artigo feminino uma: Entreguei as frutas a uma enfermeira.
e. Antes de palavras no plural: Não se dirija a pessoas estranhas.
f. Entre palavras repetidas: face a face, cara a cara.
g. Na indicação de tempo futuro: Daqui a duas horas o resultado será informado aos participantes.
Observação: Para indicar tempo decorrido, emprega-se o verbo haver: Há cinco dias o vi em uma praça.
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3. Casos em que a crase é facultativa:
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a. Diante de nome próprio feminino: Disse a Maria a verdade. Disse à Maria a verdade.
b. Antes de pronomes possessivos femininos: Uma comemoração a sua vitória. Uma comemoração à sua vitória.
3. Com até: Vou até a cidade. Vou até à cidade.
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4. Casos especiais de crase:
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a. Diante de nomes de cidade:
Não ocorre crase: Vou a Salvador. Vou a Porto Alegre.
Se há determinante junto ao nome da cidade, ocorre crase: Vou à Roma dos papas.
b. Diante de nome de lugares (países, estados, continentes), verificar se o nome é feminino e se existe preposição: Vou à Bahia (a frase “Vim da Bahia” reforça a presença de artigo). Vou a Portugal. (a frase “Vim de Portugal” revela a ausência de artigo).
c. Diante da palavra terra.
Em oposição a mar e ar, não aceita artigo e, portanto, não ocorre crase: O barco voltou a terra.
Se há determinante, ocorre crase: O barco voltou à terra dos marinheiros.
d. Diante da palavra casa.
Como sinônimo de lar, não há artigo, portanto não ocorre crase: Voltarei a casa, à tarde.
Se há determinante, há artigo e, portanto, ocorre crase: Voltarei à casa de minha avó, à tarde.

segunda-feira, 3 de março de 2008

Prof. Ane - Exercícios Ct1an - Inconfidência

Colcha de retalhos


Por trás do pragmatismo eleitoral – que __________________de assalto as instituições partidárias brasileiras e que é responsável pela colcha de retalhos em que se transformaram as coligações –____________ a tendência de empobrecimento político e de definhamento da própria democracia. O eleitor brasileiro já não __________________ identificar com clareza, salvo exceções quase irrelevantes, as diferenças entre os programas partidários de siglas que há alguns anos eram definidas como progressistas ou conservadoras, de esquerda ou de direita. Aliás, o próprio conceito de esquerda e direita, embora não tenha retrocedido ainda no sentido original que definia não mais que a posição dos partidos no plenário da Assembléia francesa logo depois da Revolução de 1789, já não _________________ conjuntos orgânicos de pensamento ou ideologias definidas.

@ quem defenda essa flexibilização ideologica como um avanço, ja que elimina o sectarismo e os fundamentalismos politicos. Mesmo que isso seja verdade, o fim da clareza ideologica aparece hoje misturado, no caso brasileiro, com a indefinição de projetos e a falta de coerencia. @ crise dos partidos tem um pouco dessa mistura de ideias, mas tem tambem muito de oportunismo. Os candidatos não se subordinam aos partidos e @ suas regras. Usam-nos. E esse uso nem sempre é eticamente defensavel, alem de fragilizar uma ferramenta que tem sido indispensavel no modelo de democracia que o mundo adotou desde @ era das revoluções, no século 18. Sem partidos fortes e coerentes, o cenario politico se torna inconsistente e fluido, incapaz de assegurar @ governabilidade e @ estabilidade de que os governos necessitam. @ reforma politica, que é urgente e imprescindivel, não pode deixar de levar essas variaveis em conta.

(Zero Hora, 20/08/2006, p. 20)
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1. Dê o significado das palavras em itálico no primeiro parágrafo:
2. Complete as lacunas do primeiro parágrafo com os verbos abaixo, flexionando-os segundo a necessidade expressa no texto: Traduzir – Tomar – Estar – Conseguir
3. Substitua as palavras em negrito do segundo parágrafo por outras que não alterem o sentido do texto:
4. Acentue as palavras do segundo parágrafo que necessitam de acento:
5. Substitua os @ do segundo parágrafo por: a – as – à – às – há, conforme a idéia do texto (nem todas as possibilidades serão utilizadas):
6. Resuma cada parágrafo, sem descuidar da idéia-chave de cada um:
7. Que outro título poderia ser dado ao texto?
8. Crie um parágrafo dissertativo-argumentativo sobre o tema “Eleições 2008”:

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

Começando...

Gente, sejam bem-vindos não só a essa página, mas aos estudos de Comunicação e Expressão.
Aproveitem bastante esse blog, bem como as aulas. Peguem os textos, façam os trabalhos e deixem seus comentários e dúvidas.
Abraços,

Ane e Laura